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E o narrador e o escritor não são a mesma pessoa?

Sim e não. 

A voz do narrador não tem por obrigação ser a mesma de quem está escrevendo. Por isso, achar que em um livro de romance policial, por exemplo, a história aborda um criminoso em série e como o mesmo consegue se safar dos seus delitos não quer dizer que o autor é conivente com o crime. Afinal, a história é (olha só) uma ficção.

Tenho percebido uma certa imaturidade de alguns leitores para determinadas leituras. Por consequência, os leitores ficam irritados (afinal não compreenderam bem o que leram) e os autores ficam surpresos com questionamentos que normalmente não costumam receber.

Outro exemplo: eu escrevo sobre vampiros. Isso não quer dizer que eu sou adepta de sair por aí chupando sangue das pessoas. Analogia meio boba, mas há leitores que se sentem desconfortáveis, e até ofendidos, com histórias fantasiosas que mexam com o senso de moralidade do ser humano. 

Escrevo histórias de terror porque gosto e tem um pouco da minha vivência e entendimento de mundo lá, entre as linhas. Mas (por favor!) eu não sou uma criatura das trevas, tá?

(Ou será que não?)

Um pouco de interpretação (e senso) não faz mal a ninguém, sabe?

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Reflexão

A postagem de hoje é mais um desabafo. Tenho enfrentado uma batalha contra um grande inimigo: eu mesma.

Tento lidar com a ansiedade desde criança, antes mesmo de saber o que é ansiedade.

Após várias crises, iniciei tratamento com psicólogo mais de uma vez. Faço uso de medicação para deixar os sintomas mais controlados. Em alguns momentos estou bem. Em outros, nem tanto.

E por que estou falando sobre isso numa rede social? Bom, por dois motivos:

  1. Acho importante falar sobre saúde mental. Ainda existem pessoas que acham que depressão e ansiedade são besteiras ou (pior) frescura.
  2. Precisava desabafar mesmo e, quem sabe, ajudar aqueles que estejam passando por situações semelhantes.

Devido ao transtorno de ansiedade, fico com a mente lotada de coisas. São preocupações, ideias, questionamentos que nem sempre consigo falar. Na maior parte do tempo, guardo tudo para mim.

Resultado? Fico “travada” sem conseguir fazer as coisas que eu gosto. Escrever, por exemplo. 

Constantemente fica uma voz na minha cabeça me cobrando para escrever aquelas duas ou três histórias que iniciei e não terminei. Ou para deixar de lado tal projeto porque não vale a pena. 

Procuro ignorar essa voz irritante, mas nem sempre consigo. Aí bate a frustração.

Não é minha intenção dar orientações para outras pessoas falando o que elas precisam fazer para lidar com essa frustração. afinal de contas, nem eu consigo! O que posso dizer é sempre buscar ajuda de um profissional de saúde mental. Ele que vai te guiar por este caminho um tanto complicado.

Se você leu até aqui, muito obrigada. Seguiremos juntos por dias melhores.

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Fazer nada

Ficar sem fazer coisa alguma é bom? Você costuma ficar um tempo sem ter nada para fazer? Acha isso importante ou é bobagem?

Sendo sincera, eu gostaria de mais tempo para não fazer nada. Às vezes, a cabeça fica com tantas preocupações que deixar a mente “desligar” por alguns instantes, parece ser uma ótima opção.

Viver no século 21 é estar conectado o tempo todo, recebendo informações e dados mesmo quando você não quer. Só de pensar, já fico estressada…

O mercado quer que nós trabalhemos mais e que produzamos mais. Seja lá o que for! E a corrida do dia-a-dia não deixa muitas opções. Ou você trabalha ou não recebe.

Mesmo nessa loucura, é bom darmos um tempo para nós mesmos e ficar, por pouco que seja, sem fazer nada. 

Não precisa ficar parado, imóvel no sofá. Pode colocar um filme divertido para assistir, ouvir música, folhear alguma revista ou ler um capítulo do livro que você mais gosta. O importante é se dar um tempo para recarregar as energias.

Qual foi a última vez que você não fez nada? Tem alguma sugestão de como relaxar a mente?

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Por causa de crepúsculo…

Sim, minha gente. Eu decidi criar histórias de vampiros por causa dos livros da autora Stephenie Meyer.

Porém, eu não queria criar um romance água com açúcar ou subverter demais o arquétipo dos vampiros. Eu queria retratá-los como criaturas da noite que se alimentam de sangue humano. O básico de toda história vampiresca.

A partir desse básico, eu inseri alguns elementos que aproximasse Vincent, o principal vampiro das minhas histórias, do público brasileiro. Estabeleci que ele mora na Região Serrana do Rio de Janeiro, que ele interage com criaturas que também estão presentes no folclore nacional (vide “Assunto de Família”) e que viveu o Brasil imperial.

O primeiro conto, “Uma companhia para Vincent”, seria apenas uma história curta. Eu não imaginei que ela seria a primeira de uma série. Acho isso incrível e assustador ao mesmo tempo… Onde esse vampiro vai parar?

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Esse romance é muito clichê…

Você já ouviu essa frase alguma vez, não é? Até eu já disse. Sabe, quando falamos em histórias o assunto “clichê” sempre vem à tona. Afinal, é bom ou ruim? 

Bom, depende…

Se você gosta de romances (e não estou falando só dos românticos) que seguem sempre o mesmo padrão, com os mesmos elementos e um final mais ou menos previsível, bem… O clichê é bom.

Agora, se você gosta de ser surpreendido com tramas bem amarradas e com várias surpresas, plot twists, então… O clichê é ruim.

Todas as histórias, independente do gênero, possuem elementos clichês. Fantasia, ficção científica, policial, suspense, terror, romântico, cada um desses gêneros tem características que podemos chamar de padrão e até mesmo previsíveis. O que não quer dizer que isso atrapalhe a leitura.

Minha humilde opinião: se uma história for bem escrita, não será um clichê que vai deixá-la “estragá-la”.

Gostaria de saber de você: gosta de clichês? Sim? Não? Ou quanto mais melhor? Pode colocar aí nos comentários e vamos discutir um pouco mais.

Até mais!

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Minha profissão

Sim, sou professora. Sou uma “teacher” também. Trabalho dando aulas de inglês desde 2012, mas sou professora dos anos iniciais desde 2001. 

Eu comecei trabalhando em uma escola pequena no bairro em que eu morava e em 2003 fui convocada para trabalhar na rede pública da cidade do Rio de Janeiro.

Ser professora é muito gratificante, porém há muitos percalços. Minha profissão não é valorizada. Então, profissionais como eu ganham muito, muito pouco para o volume de trabalho e a grande responsabilidade que temos.

Muitos vêem o professor como aquele que “reclama de barriga cheia” ou como “doutrinador”. Eu tenho pena desse tipo de pessoa. Somente quem já esteve em uma sala de aula com, no mínimo, 30 alunos pode dar pitaco. Desculpa a sinceridade.

Entretanto, houve um tempo em que eu detestava meu trabalho. Queria de todo jeito mudar de carreira. Fiz concursos para outras áreas que nada têm a ver com educação. No entanto, eu acabava voltando para a escola e sala de aula.

Atualmente, me sinto bem em dizer que sou professora e procuro me esforçar para ser uma melhor profissional a cada dia. Tenho plena noção de que preciso melhorar muito. Já trabalhei, e ainda trabalho, com profissionais super competentes que me inspiram bastante e me ajudando a seguir no caminho da educação pública.